Tipos de Corrosão

Corrosão Uniforme: a corrosão se processa em toda extensão da superfície, ocorrendo perda uniforme de espessura do material base;

Corrosão por placas: quando os produtos de corrosão formam-se em placas que se desprendem progressivamente. É comum em metais que formam película inicialmente protetora, mas que, ao se tornarem espessas, fraturam e perdem aderência, expondo o metal a novo ataque;

Corrosão alveolar: quando o desgaste provocado pela corrosão se dá sob forma localizada, com o aspecto de crateras. É freqüente em metais forma-dores de películas semiprotetoras ou quando se tem corrosão sob depósito, como no caso da corrosão por aeração diferencial;

Corrosão puntiforme ou por pites: quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta intensidade, geralmente com profundidade maior que o diâmetro e bordos angulosos. A corrosão por pite é freqüente em metais formadores de películas protetoras, em geral passivas, que, sob a ação de certos agentes agressivos, são destruídas em pontos localizados, os quais tornam-se ativos, possibilitando corrosão muito intensa. Exemplo comum é representado pelos aços inoxidáveis austeníticos em meios que contêm cloretos;

Corrosão intergranular ou intercristalina: quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos formadores do aço, como no caso dos aços inoxidáveis austeníticos sensitizados, expostos a meios corrosivos;

Corrosão transgranular ou transcristalina: quando o fenômeno se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão de aços inoxidáveis austeníticos;

Corrosão filiforme: a corrosão se processa sob forma de finos filamentos, que se propagam em diferentes direções e não se cruzam, geralmente ocorrem em superfícies que tiveram seu revestimento deslocado, em zonas com grande umidade e em revestimentos permeáveis ao oxigênio;


Corrosão por esfoliação: a corrosão se processa em diferentes camadas e o produto da corrosão, formado entre a estrutura de grãos alongados, separa as camadas ocasionando o inchamento do produto. Há grande aumento de volume da área atacada, característica deste processo corrosivo.

Corrosão grafítica: designa-se corrosão grafítica o processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos e no ferro fundido nodular.
O ferro fundido é normalmente usado para tubulações de água, de esgotos, drenagem, dentre outras.
Sendo o grafite um material muito mais catódico que o ferro, os veios ou nódulos de grafite do ferro fundido agem como área catódica enquanto o ferro age como área anódica transformando-se em produto de corrosão.
Observa-se este em tubos velhos de ferro fundido, que pode-se tão somente com uma faca ou canivete, desagregá-lo com facilidade da parede do tubo, sendo semelhante a um bloco de grafite.


Dezincificação: Designa-se por dezincificação ao processo corrosivo que se observa nas ligas de zinco, especialmente latões, utilizados em trocadores de calor (resfriadores, condensadores, etc), tubulações para água salgada, dentre outras.
Observa-se maior tendência a dezincificação nos latões com alto teor de zinco, como por exemplo: latão alumínio (76% Cu, 22% Zn e 2% Al), latão amarelo (67% Cu e 33% Zn).
O processo corrosivo pode se apresentar mesmo em ligas mais resistentes como o latão vermelho (85% Cu e 15% Zn), caso a liga não seja bem homogênea.
A dezincificação pode ser evitada com tratamento térmico de solubilização da liga.

Empolamentos pelo hidrogênio: o hidrogênio atômico penetra nos metais, difundindo-se em regiões de descontinuidades, exercendo pressão e formando bolhas.

Corrosão em cordões de soldas: forma de corrosão que se observa em torno do cordão de solda, ocorre em aços inoxidáveis não estabilizados ou com teores de carbono maiores que 0,03% e a corrosão se processa intergranularmente.